Excertos de um espírito em sono profundo

Busquei descobrir um jeito de encobrir o sentimento de dor do peito ferido. Inútil.
Busquei encobrir o sonho de um momento tolo de luz que se consome e sucumbe. Inútil.
Busquei no profundo dos olhos vermelhos um novo jeito de viver. Inútil.

O luto é um professor cruel. Mesmo entendendo seu espúrio jeito de prover crescimento, continuo sem reconhecer meus novos sonhos e quereres.

Porém inútil mesmo é querer remover do peito o sopro forte do vento que me trouxe um novo sentido. Um sentido de vigor, de fim do sofrimento e possivelmente começo de um novo jeito de ser.
Encobrir os contos e os sonhos nem sempre é estúpido. 

Confesso que é difícil escrever deste jeito, reconhecendo que nem tudo é possível e nem tudo tenho em meu toque.

É difícil escrever sem reconhecer que o que nem tenho nem terei é o que sinto perto porém longe.

Comentários

  1. "Confesso que é difícil escrever deste jeito, reconhecendo que nem tudo é possível e nem tudo tenho em meu toque"

    Escrever é sempre bom!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Excertos de um quem flertou com o fim.

Vinte anos é muito [pouco] tempo...

Sobre tentar ver a beleza das pequenas coisas