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Mostrando postagens de março, 2009

Diferenças sutis entre medo e temor

Pois bem, se é pra ser polêmico, vamos ser polêmicos logo de uma vez. Tenho reparado ultimamente (não que isso seja um fenômeno recente, é claro) o como algumas determinadas igrejas enxergam aquele que convencionam chamar de Deus. Digo convencionam chamar de Deus, porque a diversidade de visões do todo poderoso é tão grande, que dizemos que ele é um só apenas por costume. Fico amplamente estarrecido em como muitas delas confundem o "Temor a Deus" com "Medo de Deus", como se o Todo-poderoso fosse uma velha ranzinza que fica vigiando a vida (principalmente a vida sexual) das pessoas apenas para repreende-las e puní-las. Recuso-me veementemente a curvar-me perante um deus que mantêm seu culto por meio de ameaças, digo sinceramente que se deus é como eles dizem e salva apenas as boas ovelhas que se curvam diante de um pastor ou padre e seguem fielmente doutrinas as mais absurdas possíveis, se deus é mesmo assim eu prefiro queimar no inferno do que me curvar. Que tipo de

Sobre a arrogância e o ato de ensinar

Bem, no último post falei sobre a questão da necessidade de se ter um certo desrespeito com relação a um conceito ou disciplina para que possamos aprende-lo. Pois vejam, agora dou uma pequena continuidade ao assunto para falar sobre o ato de ensinar. Se para aprender é necessário desrespeito, de maneira semelhante ensinar exige arrogância. Não arrogância no sentido de se sentir acima dos alunos, mas arrogância no sentido de se sentir dominante sobre o assunto ensinado. Ser apenas seguro não é o suficiente, os alunos devem reconhecer no professor essa segurança, e se ele não transparece dominar a disciplina, perde a confiança da turma, que já não mais o vê como alguém que será capaz de sanar suas dúvidas. Falo isso como aluno e como professor. Dos dois lados do problema é possível constatar a mesma coisa. Ha! Antes que os pedagogentos de plantão comecem a tramar seus discursos inflamados sobre Skinner-Piaget-Vigotsky-O diabo a quatro, eu NÃO estou dizendo aqui que o professor deve osten

Sobre o desrespeito e o ato de aprender

Hoje estive vasculhando meus papéis velhos em busca de um artigo e encontrei uma outra coisa que me deixou muito surpreso. Tenho a mania de nunca jogar fora minhas anotações e reflexões, mesmo as mais inúteis. A que encontrei hoje faz bem o estilo das reflexões dO Metafísico, apesar de datar de antes do blog. Vou dividí-la com vocês, mas não com as mesmas palavras da época. Estive refletindo na ocasião (e volto a refletir hoje) sobre a postura dos estudantes ante um assunto novo e pude perceber certos padrões de comportamento com relação ao respeito por um conteúdo ou uma disciplina. Falando especificamente da área de exatas, encontramos predominantemente uma forma de pensar que nos guia para o caminho de que esta ou aquela disciplina é exageradamente difícil e que reprová-la não será nada fora do normal. Com o tempo vamos vendo que esta postura é dominante em quase todas as disciplinas da área e ficamos com um questionamento: será que é tão difícil assim aprender física ou matemática

Novidade!

Ha! Uma novidade para aqueles que leem O Metafísico! Apenas para situar um pouco quem não me conhece: Sou estudante de Física da UFRuralRJ. Esta semana o post Trote: Humilhação pública ou Rito de Passagem? foi publicado na forma de uma artigo no jornal da universidade! O jornal se chama "Rural Semanal" e quem quiser conferir aí vai o link pra versão digital: http://www.ufrrj.br/portal/modulo/home/getJornal.php?arquivo=575.pdf Sim, é claro que sim: eu estou todo bobo e sim: eu estou tirando onda... rsrsr Postado ao som de "Shooting Star" - Bad Company.

Trivialidade trivial...

Trivial... Realmente essa não é uma palavra fácil de definir... Afinal de contas o que é trivial? Existe mesmo algo que possa se enquadrar nessa categoria? Digo isto porque essa palavrinha difícil faz parte de um jargão muito característico quando o assunto é ciências exatas. Desde que entrei na universidade e me tornei um quase-físico tenho e acostmado a pegar o simples, o fácil e o desnecessário e jogá-los no liquidificador obtendo um boa porção de trivial. Trivial segundo o Aurélio: Adjetivo de dois gêneros. 1. Sabido de todos; notório, vulgar; terra-a-terra. "Sabido de todos"... Engraçado isso... se for assim pouca coisa é trivial... respirar talvez... Mas olhemos que variedade, temos também o "vulgar"! Bom então acho que respirar não é mais trivial... rsrs Acima de tudo, viver não é trivial. Nada que realmente importe é trivial. Viver não é... Amar não é... Pensar não é... Escrever não é... Morrer não é... Vamos pensar um pouco mais naquilo que andamos chamand

How many roads must a man walk down?

Isso mesmo, como diria o bom e velho Bob Dylan: Quantos caminhos um homem deve caminhar antes que possa ser chamado de homem? Há algum tempo atrás escrevi um post falando sobre o mau humor, hoje vou interromper um silêncio de mais de uma mês para falar de outro sentimento: a tristeza. Maldita melancolia... Maldito sentimento de impotência e de insatisfação... Porque precisamos passar por isso? Várias vezes ouvi que "crescemos nas dificuldades", que "os tropeços nos fortalecem" e todo esse blá blá blá de sempre, mas com certeza não é fácil pensar assim quando vemos tudo desmoronar ao nosso redor, quando tudo (e quando eu disse tudo, é tudo mesmo!) parece se esvair entre os dedos, quando mesmo aquilo que antes parecia um porto seguro se torna um recife sem faróis... O mais legal, é ver como quanto mais as coisas desmoronam, mais nosso ânimo diminui, e quanto mais nosso ânimo diminui, menos conseguimos lutar contra a maré. Ou seja, não importa o quanto você está triste